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Texto do Podcast #02 - Mulheres na Ciência

  • Foto do escritor: Sociedade Lunar
    Sociedade Lunar
  • 23 de mai. de 2018
  • 5 min de leitura

Esse é o texto do podcast #02 - Mulheres na Ciência e foi apresentado por Ana Angélica, Kézia e Carol.

[Ana Angélica] - E aí, somos os Lunáticos do site sociedade lunar e estamos aqui com nosso segundo podcast, meu nome é Ana Angélica, o meu é Kézia, e eu sou Carol e o tema de hoje é: mulheres naturalistas.

[Ana Angélica] - É com você Kézia.

[Kézia] - Bom…Hoje iremos falar sobre quatro grandes mulheres que realmente revolucionaram o mundo, apesar de não serem tão conhecidas quanto os homens.

A primeira naturalista de quem irei falar se chama Jeanne Barret, ela tem uma história muito interessante. Jeanne nasceu no dia 27 de julho de 1740 na vila de La Comelle, na região da Borgonha, no interior da França. Sua jornada começa no momento em que ela se junta a expedição de Louis Antoine de Bougainville nas fragatas francesas La Boudés e Étoile, de 1766 à 1769. Com esta jornada, ela simplesmente foi a primeira mulher a circunavegar o globo.

A mesma entrou na expedição disfarçada de homem com o codinome Jean, participou como assistente do naturalista Philibert Commerson, sendo também uma excelente botânica. Essa expedição zarpou do porto de Rochefort no final de dezembro de 1766, sendo o seu primeiro destino a América do Sul. Jeanne e Philibert seu amigo íntimo, foram designados para o navio Étoile. Como eles tinham muitos equipamentos, então Philibert e Jeanne tiveram seu próprio gabinete, assim dificultando a descoberta do verdadeiro sexo de Jeanne. Em terra firme, eles coletaram amostras de rochas em montanhas e nas planícies, com Jeanne sendo responsável pela coleta e por carregar suprimentos.

No Rio de Janeiro, eles tomaram mais cuidado com sua tripulação, já que o capelão, aquele que administrava todas as questões relacionadas à Igreja, do Étoile foi morto logo após a chegada, Philibert ficou confinado ao navio por conta de sua perna machucada, mas ainda assim eles conseguiram coletar um espécime de videira, chamada Bougainville, hoje conhecida como primavera.

Na segunda visita ao Uruguai, Jeanne ficou famosa, ainda com o seu nome masculino, por coletar um grande volume de rochas, plantas, conchas e animais na expedição, posteriormente, ajudou a organizar e a catalogar nas semanas seguintes, enquanto os navios seguiam para o Oceano Pacífico.

Alguns relatos diziam que Jean era mulher começaram a correr depois de um tempo de viagem, mas os rumores só foram confirmados quando eles chegaram ao Taiti, em abril de 1768. Assim que Jeanne e Philibert chegaram em terra firme, foram cercados pelos nativos que logo apontaram que Jeanne era uma mulher, depois de um certo tempo toda a tripulação descobriu, mas ela não estava na tripulação.

Após a morte de Philibert em fevereiro de 1773, depois de vários problemas de saúde durante a expedição, Jeanne encontrou trabalho em uma taverna em Port Louis por um tempo. Em 17 de maio de 1774,ela se casou com Jean Dubernat. Não há registro de como o casal chegou à França nem de quando ela terminou sua viagem de circunavegação. Ela morreu no dia 5 de agosto de 1807 aos seus 67 anos, em san-aule, França.

[Kézia] - A segunda que irei falar é Maria Sibylla, a mais velha naturalista da nossa lista e mais conhecida. Maria Sibylla Merian nasceu em 2 de abril de 1647 em Frankfurt, na Alemanha. Morou em Amsterdã após a morte da sua mãe, e quando teve sua primeira filha se mudou para Nuremberg. Maria não frequentou nenhuma universidade, mas sempre estudou insetos por conta própria mantendo-os vivos. fazia desenhos retratando estágios de desenvolvimento dos insetos sempre com o incentivo de seu padrasto. Casou-se com Johann Andreas Gaff que era poeta e diretor de uma escola na Alemanha no século XVII, dois anos depois teve sua primeira filha, Johann Helena e no ano de 1678 teve Dorothea Maria Henriette Merian. Sibylla morreu em 13 de janeiro de 1717 após pegar malária e sofrer um acidente vascular cerebral.

Em seus desenhos ela conseguiu ilustrar todo tipo de característica anatômica de insetos. Ela fez várias observações e uma delas foi diferenciar mariposas e borboletas através dos seus hábitos de vida noturno e diurno. Sibylla publicou 3 livros: o primeiro em 1675 que foi O livro das Flores, o segundo O livro das lagartas em 1677 e o livro do Suriname em 1680.

[Ana Angélica] - Sobre a terceira, Margaret Mee, temos poucas informações, sendo ela, nascida em Chesham uma cidade pequena próximo a Londres na Inglaterra no dia 22 de maio de 1909. Mudou-se para o Brasil com Greville, seu segundo marido, em 1952 para ensinar arte na Escola Britânica de São Paulo, tornando-se uma artista de botânica pelo Instituto de Botânica de São Paulo em 1958. Estudou arte na Escola de Arte San Martin's, no "Centro Escolar de Arte” e na " Escola de Arte Camberwell" em Londres, recebendo o diploma de pintura e designer em 1950.

Explorando a floresta tropical e mais especificamente o estado do Amazonas, a partir de 1964, pintando as plantas que viu e colecionando algumas para ilustrar posteriormente. Criou quatrocentas pranchas de ilustrações em guache, quarenta sketchbooks e quinze diários. Em sua honra foi fundada a "Margaret Mee Amazon Trust", organização para educação e para a pesquisa e conservação da flora amazonense. Mee morreu na Inglaterra em 30 de novembro de 1988 em um acidente automobilístico.

A última, mas não menos importante, é Merien Norf, nasceu em Hastings uma cidade litorânea próxima a Londres no Reino Unido, no dia 24 de outubro de 1830, de onde viajou para o Canadá, Estados Unidos e Jamaica. Residiu durante um ano no Brasil, pintou a flora da Califórnia, Japão, Bornéu, Java e Ceilão. Passou o ano de 1878 na Índia e retratou imagens da Austrália e da Nova Zelândia. Por último visitou à África do Sul.

Ela viajava com seu pai, que era então membro do parlamento de Hastings, e com sua morte em 1869, Marianne decidiu prosseguir a sua ambição inicial de pintar a flora e fauna de países distantes. Marianne North não era casada no papel. Após a morte de seu pai em 1871, partiu em uma série de viagens para fazer um registro pictórico das plantas tropicais e exóticas do mundo.

[Carol] - Sobre a Marianne North Gallery: Após o seu retorno à Grã-Bretanha as paredes da galeria foram cobertas com quase todas as pinturas botânicas de Marianne North. Após uma exposição em Londres em 1879, Marianne teve a idéia de mostrar suas pinturas em Royal Botanic Gardens em Kew, localizado no Reino Unido. Ela ofereceu para construir uma galeria se o Diretor de Kew, Joseph Hooker, concordasse em exibir o trabalho de sua vida nele.

A galeria abriu em 1882, construída em uma mistura de estilos clássicos e coloniais. Ela queria pintar os visitantes tomando chá e café, no entanto, a Hooker recusou o pedido. Em vez disso, ela pintou uma planta de café sobre uma porta de entrada e chá sobre a outra. Marienne faleceu em Alderley, Gloucestershire, em 30 de agosto de 1890 e foi sepultada na igreja local.

[Ana Angélica] - Bom…Por hoje é só, quer saber mais sobre o assunto? Acesse nosso canal no Youtube, visite nosso site Sociedade Lunar, curta nossa página no Facebook e não se esqueça de compartilhar com seus amigos, até a próxima.

imagem retirada de: file:///C:/Users/Aluno/Desktop/mulherciencianegralink.htm

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