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Étienne de Flacourt, o naturalista viajante do tempo

  • Yasmin Bakary Thiengo
  • 4 de out. de 2017
  • 2 min de leitura

Figura 1 - Étienne de Flacourt pintado pelo seu irmão.

Flacourt nasceu em 1607, na cidade de Orleães, França. Foi o sexto filho de uma família de comerciantes e seus estudos permitiram assumir um cargo de boticário em Paris, em 1635. Casou-se em sua cidade natal em 1641, que resultou somente em motivos para querer deixar a França, principalmente pela falta de fertilidade do casal.

Figura 2- Aepyornithidae

A família se tornou sócia de uma empresa muito importante em 1642, creditando grande influência internacional e esse poder permitiu que em 1648, em quanto almirante da marinha francesa, ser designado ao cargo de governador da nova colônia francesa.

Durante o século XVII os franceses fundaram entrepostos de comércio na costa leste de Madagascar, onde Flacourt foi nomeado governador. Ele chegou à Madagascar aos 41 anos de idade, em 1648, e ficou sete anos seguidos de sua vida como governador de Madagascar, onde passou tempos bem difíceis de sua vida distante de tudo o que conhecia. A comunicação com sua terra natal durante esse tempo foi extremamente limitada graçasa guerra civil que acontecia na França, fragilizando ainda mais sua relação com a esposa.

Figura 3- Megaladapis edwardsi

Flacourt teve problemas com os nativos locais que queriam a qualquer custo suas terras de volta, sofrendo constantes ataques. Os mesmos que contribuíram para ele sempre estar salvando informações importantes sobre a ilha. Isso o levou mais tarde a escrever e publicar o seu livro queincluiu informações sobre a fauna e flora de Madagascar, inclusive a megafauna ainda vivente, contendo duas espécies (pássaro-elefante e o lêmure gigante) que foram vistas antes que fossem extintas. Megafauna é um termo que se refere aos grandes animais que habitaram a Terra há poucos mil anos atrás e hoje estão extintos.

Quando Flacourt chegou a Madagascar, em 1648, nem imaginava que teria viajado a uma ilha em que o passado ainda enriquecia a natureza. Lá, ele foi provavelmente o único homem moderno que teve a chance de ver e escrever sobre os últimos remanescentes de um mundo que perdemos para sempre, em seu livro Historie de la grande isle de Madagascar (“A história da grande ilha de Madagascar”), que teve sua primeira edição em 1658, e a segunda em 1661. Não há mais vida do passado assim, mas o futuro está em nossas mãos para agirmos diferente.

Figura 4 - Livro escrito por Flacourt relatando suas experiências na atual Madagascar.

A história Ètienne de Flacourt também não termina de maneira feliz, em 1655 retorna à França, e pouco tempo depois teve que enfrentar uma batalha judicial contra a sua esposa, o que corroborou sua vontade fugir de volta para Madagascar. Durante a viagem de retorno, em 10 de julho de 1660, o navio em que ele estava naufragou e ele morre afogado.

REFERÊNCIAS:

GHOSH, Pallab Cientistas retiram DNA de casca de ovo de pássaro extinto. Disponível em:<http://www.bbc.com/portuguese/ciencia/2010/03/100310_passaroelefantedna_ba.shtml> Acesso em 15 de Agosto de 2017.

FERNANDEZ, Fernando. Os mastodontes de barriga cheia e outras histórias. Rio de Janeiro: TB, 2016.

Contributeurs à Wikipedia, 'Étienne de Flacourt', Wikipédia, l'encyclopédie libre, 24 février 2017, 22:24 UTC, <http://fr.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%89tienne_de_Flacourt&oldid=134854510> Page consultée le 16 août 2017.


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